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Todo mundo de olho em você!

Vestir roupas com marcas consagradas pode aumentar as chances numa entrevista de emprego!
Pesquisadores também apontam benefícios no recebimento de doações. Situação é produto da competição natural por potenciais cônjuges.


Só pessoas superficiais não julgam pela aparência. Em busca de fundamentos científicos para essa provocação do escritor irlandês Oscar Wilde, dois pesquisadores saíram a campo e (como pouca pretensão é bobagem) concluíram que o poeta irlandês estava no caminho, mas poderia ter sido mais preciso. Na verdade, eles disseram, faltou ao autor de O Retrato de Dorian Gray dizer que o julgamento humano é muito marcado pelos símbolos de status carregados pelas pessoas.

O que poderia ser um desperdício de palavras para Wilde virou o ponto de partida dos cientistas comportamentais Rob M.A. Nelissen e Marijn H.C. Meijers, da Universidade de Tilburg, na Holanda. Para ir mais fundo nessa tese, eles organizaram uma série de experimentos para verificar em que medida a presença de um logotipo à mostra na roupa poderia influenciar as reações das pessoas. Os testes utilizaram modelos vestindo peças que ora ostentavam marcas de luxo, como Lacoste ou Ralph Lauren, ora traziam grifes menos prestigiadas e, por fim, não tinham nenhuma marca à vista.

Em um dos experimentos, voluntários assistiram a vídeos com várias versões da mesma entrevista de emprego. Embora a qualificação do candidato fosse a mesma, aquele que tinha a grife das roupas à mostra foi considerado o mais indicado para a vaga. Em seguida, os cientistas verificaram se essa tendência se mantinha no contato corpo a corpo. Colocaram então pessoas pedindo doações para a Fundação do Coração. “Alguns modelos vestiam uma camiseta polo Lacoste e outros uma camiseta polo sem logotipo. No final da tarde, os de Lacoste arrecadaram quase o dobro em relação aos seus colegas ‘sem marca’”, disse Meijers.

Segundo a hipótese dos cientistas holandeses, as raízes deste comportamento humano vêm de longe. São produto da competição natural, que leva os indivíduos a procurar elementos de diferenciação com o fim de impressionar os potenciais cônjuges.

O exemplo clássico utilizado pela biologia evolucionista para explicar esse mecanismo é a grandiosidade da cauda do pavão. Toda aquela exuberância existiria apenas para informar às fêmeas que o proprietário é, sim, muito saudável, tanto que pode despender tantos recursos em um apêndice sem função prática aparente. Para esses biólogos, a Humanidade usou a mesma estratégia ao longo do processo de seleção natural.

O curioso, dizem os pesquisadores, é que agora os seres humanos estariam aplicando em diversas situações essa técnica de aferição, que foi eficiente no passado para medir a saúde e a qualidade dos genes. Alguns estudiosos acreditam que esse “desvio” explicaria não só a preferência pelas grifes, mas também outros comportamentos baseados na troca de mensagens subliminares.



Por: Revista Época Negócios, maio 2011


E vocês meninas.. algum comentário sobre a matéria? Acham que realmente isso pode fazer a diferença?


Bjocas

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Redes sociais x carreira

Você expõe sua vida pessoal na web? Cuidado, seu chefe pode ver.

Imagine a seguinte cena: você está no shopping quando alguém grita "eu odeio o meu emprego!". Improvável? Pois é mais ou menos isso que milhares de pessoas fazem o tempo todo nas chamadas redes sociais. Comunidades como "Eu já fui pro trabalho bêbado", "Eu tenho alergia a trabalho" ou "Meu chefe é um vagabundo" reúnem milhares de simpatizantes no Orkut. Queixas sobre o emprego pululam no microblog Twitter. "Isso é o mesmo que gritar esta informação em um local público, correndo o risco de ser ouvido pelo atual ou futuro empregador", compara Waldir Arevolo, consultor sênior da TGT Consult, especializada em Tecnologia da Informação.

A analista de planejamento Silvia (nome fictício) aprendeu uma lição sobre como lidar com a superexposição da internet. Pouco depois de criar uma conta no Twitter, houve um remanejamento na empresa e seu departamento mudou-se de uma sala espaçosa para outra menos nobre. Ela postou uma crítica: "Mudamos da mansão para a favela aqui na empresa". Esqueceu que o chefe era um de seus seguidores e, ao ver o post, mandou uma mensagem para ela dizendo apenas "Oi". "Dias depois, o outro sócio da empresa me chamou para conversar dizendo que é preciso tomar cuidado com o que se escreve porque "as coisas voltam para a gente como um bumerangue'". "Depois desta, só escrevo banalidades no Twitter", diz Silvia.
“Não vejo problemas em mostrar sua personalidade por meio desses sites de relacionamento, mas antes de tudo, use o famoso bom senso”
Menos sorte teve uma norte-americana que protagonizou um dos casos mais famosos de autossabotagem via rede social. Após receber uma proposta de emprego da gigante de tecnologia Cisco, ela postou em seu microblog que teria "um salário polpudo" e um "trabalho odioso". Instantes depois, um dos funcionários da empresa respondeu que o "gerente que a contratou" adoraria saber que ela odiaria o emprego. E a consequência para a candidata (que hoje só libera seu Twitter para aprovados) foi a perda do futuro trabalho.


Razão x emoção

Mas os cuidados não se limitam apenas aos comentários sobre o chefe e a empresa que se trabalha. A ética deve se manter até nos momentos que se está torcendo pelo time do coração. Este ano, o diretor comercial da empresa de hospedagem Locaweb e corintiano, Alex Glikas, tuitou, de forma nada respeitosa, seu contentamento com a vitória do seu time sobre o São Paulo. Os tweets "Chupa Bambizada" e "Timão Eoo" lhe custaram o emprego. A Locaweb patrocinava a camisa são-paulina no clássico. Alex apagou as mensagens, pediu desculpas à torcida adversária, mas estrago estava feito.

O passado pode te condenar

"Comparo o que escrevemos em blogs e outras redes a uma tatuagem. Você tem de analisar se aquela marca que fez na juventude será adequada aos 30, 40 ou 50 anos", diz Arevolo. Mesmo que você não tenha postado nada de negativo sobre seu emprego, os analistas de Recursos Humanos estão de olho no seu comportamento digital.

O diretor geral do portal de empregos Trabalhando.com.br, Renato Grinberg, chega a catalogar os perfis mais comuns de candidatos por seus Orkuts. "As informações pessoais tornaram-se públicas, uma vez que inseridas e disponibilizadas na internet. Isso quer dizer que qualquer pessoa pode ter acesso. Caso se identifique com alguns deles, cuidado! Pode estar na hora de mudar", afirma. "Não vejo problemas em mostrar sua personalidade por meio desses sites de relacionamento, mas antes de tudo, use o famoso bom senso", recomenda.

Confira os perfis catalogados, segundo o diretor do portal de empregos Trabalhando.com.br:

- O preguiçoso: É aquele que diz odiar acordar cedo e assume não gostar de trabalhar. As comunidades mais comuns das quais participa são: "Eu odeio acordar cedo" e "Se trabalho fosse bom não era pago".

- O acomodado: "Se nada der certo viro hippie". Quase 300 mil pessoas compartilham do mesmo desejo caso seus planos não vinguem no futuro. O acomodado não possui ambição de crescer profissionalmente e está feliz na posição que ocupa na empresa. A impressão que passa ao chefe ou recrutador é de que essa pessoa não tem visão de futuro que possa contribuir para o crescimento da companhia.

- O bitolado: Essa pessoa gosta somente de uma coisa em específico. Pode ser um gosto musical, ideais e até mesmo uma única visão para a área de atuação. Isso é revelado nas diversas comunidades que participa sobre o mesmo tema, nas fotos e também na descrição do perfil. Todos temos preferências, mas é preciso tomar cuidado para não parecer inflexível.

- O baladeiro: Ele faz questão de mostrar a todos que gosta - e muito - de festas. Até aí não há problemas, é uma opção pessoal que não influencia no trabalho. A questão se agrava quando a situação é exagerada e as comunidades mostram irresponsabilidade. Como por exemplo: "Da balada ao trabalho" e "Eu trabalho de ressaca". Com isso, essa pessoa mostra ser irresponsável e que não se importa com bom desempenho no dia seguinte.

- O reclamão: É aquela pessoa que reclama de tudo: da vida, do trabalho, dos compromissos, dos chefes e até dos amigos. Normalmente adere a diversas comunidades que começam com "Eu odeio", é pessimista e nunca está satisfeita. Imagine se o seu chefe olha seu Orkut e, de repente, encontra a comunidade "Eu odeio meu chefe". O mais curioso é que as pessoas já sabem que correm esse risco e aderem à "Socorro, meu chefe está no Orkut!". Assim, é melhor rever seu perfil para que seu trabalho não seja comprometido.

por Clarissa Barreto | 03/01/2011 Bolsa de Mulher

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